quinta-feira, 30 de abril de 2009

Fidel Castro: O dia dos pobres do mundo


Amanhã é o Dia Internacional dos Trabalhadores.

Karl Marx convocou à união: “Proletários de todos os países, uni-vos!”, apesar de muitos pobres não serem proletários. Lênin, mais amplo ainda, também instou os camponeses e povos colonizados a lutarem unidos sob a direção do proletariado.

A data da celebração foi escolhida como homenagem aos mártires de Chicago, que em 1º de maio de 1886 iniciaram uma greve num país capitalista, cujos trabalhadores eram vítimas do desemprego e de outras calamidades associadas às crises econômicas, inseparáveis do sistema. Seus direitos não eram reconhecidos e os sindicatos eram vistos pela burguesia como organizações terroristas, inimigas do povo dos Estados Unidos.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

O sucesso da agricultura urbana em Havana

O modelo de agricultura urbana em Havana é exemplo | Foto: Natália Diniz
Por Sinan Koont em Monthly Review

Durante os últimos quinze anos, Cuba desenvolveu um dos exemplos mais bem-sucedidos de agricultura urbana no mundo. Havana, a capital de Cuba, com uma população de mais de dois milhões de pessoas, tem protagonizado um papel proeminente, se não dominante, na evolução e na revolução deste tipo de agricultura. A expressão "agricultura urbana em Cuba" tem um significado algo diferente, simultaneamente mais e menos restritivo do que pode parecer à primeira vista. É mais inclusiva, visto que ocupa extensões mais amplas, franjas urbanas e terrenos suburbanos. 

Por exemplo, toda a área cultivada da província Cidade de Havana está ocupada com agricultura urbana. A definição inclui terreno que é muito mais rural que urbano – alguns dos municípios da cidade nas partes este e sudoeste têm densidades populacionais relativamente baixas, cerca de 2300 a 3500 pessoas por milha quadrada [1 milha quadrada=2,59 quilômetros quadrados. N.T. ], contra 50 000 a 100 000 pessoas por milha quadrada nas partes mais densamente povoadas. Como resultado, mais de 35 000 hectares (mais de 87 000 acres) de terra estão a ser utilizados com agricultura urbana em Havana [1]! O desenvolvimento sério da agricultura urbana em Cuba começou em simultâneo com o desaparecimento de petroquímicos, como fertilizantes e pesticidas, dos mercados cubanos. Consequentemente, a produção urbana utiliza apenas fertilizantes biológicos e técnicas de controlo de pragas biológicas e culturais. As quantidades limitadas de petroquímicos disponíveis são empregues numas poucas culturas não-urbanas como o açúcar, as batatas e o tabaco. Em Cuba, a distinção entre orgânico e urbano é difícil de fazer, visto que quase toda a agricultura urbana segue práticas orgânicas.

A necessidade sentida por Cuba de se virar para a agricultura urbana e orgânica no início dos anos 1990 é bem conhecida e compreendida. O colapso da União Soviética e o fim do comércio no âmbito do COMECON em condições bastante favoráveis ditaram o fim da agricultura industrial de tipo soviético, de larga escala, que Cuba vinha praticando desde, pelo menos, os anos 1970. Quase de um dia para o outro, o gasóleo, a gasolina, caminhões, maquinaria agrícola, peças sobressalentes para caminhões e maquinaria, bem como fertilizantes e pesticidas de base petroquímica, tornaram-se bastante escassos. Perante a crise severa na produção de alimentos, uma viragem para a agricultura urbana pareceu ser uma solução óbvia e necessária: a produção urbana minimizava os custos de transporte e a produção de pequena escala minimizava a necessidade de maquinaria. A produção agro-ecológica (aplicando os princípios da ecologia às práticas agrícolas), em parte, necessitava de zonas de produção perto das áreas de habitação de grande concentração de pessoas e, ao mesmo tempo, evitava a utilização de fertilizantes e pesticidas petroquímicos tóxicos que haviam deixado de estar disponíveis.

domingo, 26 de abril de 2009

Como Gerardo Hernandez combateu por dentro os terroristas do Alpha 66

Gerardo Hernandez e Saul Landau | Foto: Counterpunch
Por Saul Landau no Counterpunch

Esta conversa ocorreu a 1 de Abril de 2009.

A nossa equipa de filmagens recebeu a aprovação do Departamento de Justiça para falar com "o prisioneiro", com um guarda da prisão presente na sala. Antes da sua detenção em 1998, Gerardo Hernandez dirigia as operações de agentes da Segurança do Estado Cubano que infiltravam nos grupos violentos na área de Miami com o objetivo de impedir que levassem a cabo ataques terroristas em locais turísticos em Cuba.

Tomamos apontamentos completos e cuidadosos.

sábado, 25 de abril de 2009

Fidel Castro: Gestos que impressionam


Confesso que muitas vezes meditei sobre a dramática história de John F. Kennedy. Para mim correspondeu conhecer a etapa em que foi o maior e mais perigoso inimigo da Revolução. Era algo que não estava em seus cálculos. Via-se como o representante de uma nova geração de norte-americanos que enfrentava a velha e suja política de homens do tipo de Nixon e o havia derrotado com talento político.

Ele demonstrava sua história de combatente no Pacífico e sua ágil caneta.

Foi comprometido por seus antecessores na aventura de Girón (Baía dos Porcos) por confiar muito, já que não duvidava da experiência e capacidade profissional daqueles. Foi um amargo e inesperado fracasso, há apenas três meses de sua posse. Embora tenha estado a ponto de atacar diretamente à ilha, com as poderosas e sofisticadas armas de seu país, naquela ocasião, não fez o que Nixon teria feito: usar os caça bombardeiros e desembarcar os Marines. Rios de sangue haveriam corrido em nossa Pátria. Onde centenas de milhares de combatentes estavam prontos para morrer. Se auto-controlou e lançou uma frase lapidar de que não é fácil esquecer: "A vitória tem muitos pais, uma derrota é órfã”.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Fidel Castro: Pôncio Pilatos lavou as mãos


Tão grande foi a pressão contra o bloqueio dos Estados Unidos de América a Cuba, que no dia em que Raúl declarou categoricamente que o nosso país não ingressaria na OEA, o Secretário da desprestigiada instituição começou a preparar o terreno para a participação de Cuba numa eventual futura Cimeira das Américas. A sua receita é desvigorar a resolução que decidiu a expulsão da Ilha, por razões ideológicas. Tal argumento é verdadeiramente risível, quando importantes países como a China e o Vietnã, dos quais o mundo atual não pode prescindir, estão dirigidos por Partidos Comunistas que foram criados sobre as mesmas bases ideológicas.

Os fatos históricos demonstram a política hegemônica dos Estados Unidos de América na nossa região e o papel repugnante da OEA como odioso instrumento do poderoso país.

A fórmula de Insulza é apagar do mapa o criminoso acordo. Raúl declarou em Cumaná que Cuba jamais se reintegraria à OEA. Utilizando uma frase sucinta de Martí expressou que primeiro “unir-se-á o mar do Sul ao mar do Norte, e nascerá uma cobra de um ovo de águia”.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Fidel Castro: Preso pela história


A intervenção de Daniel Ortega na Mesa Redonda da televisão nacional foi como esperava. Falou com eloquência, foi persuasivo, sereno, irrebatível.

Não ofendeu, nem quis ofender a nenhum outro país da América Latina, mas aferrado à verdade cada minuto da sua intervenção: a Venezuela, a Bolívia e a Nicarágua, como porta-vozes da ALBA, de forma expressa rejeitaram a idéia de que a declaração final fosse apresentada como um acordo de consenso.

Por Daniel soubemos que o próprio Obama reconheceu que nem sequer tinha lido aquele documento, que passou de contrabando como Declaração Oficial da Cúpula. 

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Fidel Castro: A reunião de cúpula e a mentira


Algumas das coisas que Daniel Ortega me disse seriam difíceis de acreditar se não fosse ele a contá-las e não fosse uma Reunião de Cúpula das Américas onde aconteceram.

O insólito é que não houve tal consenso em relação ao documento final. O grupo da ALBA não o subscreveu; assim o fez constar no último intercâmbio com Obama na presença de Manning e do resto dos líderes na manhã de 19 de abril.

Nessa reunião falaram Chávez, Evo e Daniel sobre o tema com absoluta clareza.

Pareceu-me que Daniel exprimiu uma queixa amarga quando, no dia da inauguração da Cúpula, disse em seu discurso:

terça-feira, 21 de abril de 2009

Fidel Castro: Obama e o bloqueio


Ontem fiz referência ao ângulo cômico da “Declaração de Compromisso de Porto Espanha”.

Hoje poderíamos nos referir ao ângulo dramático. Confio em que nossos amigos não se ofendam. Entre o documento que recebemos como projeto para ser submetido pelos anfitriões da Cúpula e aquele que foi definitivamente publicado havia diferenças. No corre-corre de última hora, não houve tempo de fazer nada. Alguns pontos foram discutidos em longas reuniões nas semanas prévias ao evento. No último minuto, propostas como a que foi apresentada pela delegação da Bolívia complicaram ainda mais o quadro. Foi incluída no documento como uma nota, que dizia:

“A Bolívia considera que o desenvolvimento de políticas e esquemas de cooperação que tenham por objetivo a expansão dos biocombustíveis no Hemisfério Ocidental pode afetar e incidir na disponibilidade de alimentos e no aumento de seus preços, no incremento do desmatamento, no deslocamento da população pela demanda de terras, e, por conseguinte a repercussão no aumento da crise alimentar, afetando diretamente as pessoas com rendas baixas, sobretudo às economias mais pobres dos países em desenvolvimento. O Governo boliviano a tempo de reconhecer a necessidade da procura e do uso de fontes alternativas de energia que sejam amigáveis com a natureza, tais como a energia geotérmica, a solar, a eólica, e os pequenos e medianos planos hidrelétricos, expõe uma visão alternativa que se baseia em viver bem e em harmonia com a natureza, para desenvolver políticas públicas visando a promoção de energias alternativas seguras que garantam a preservação do planeta, nossa ‘mãe terra’.”

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Fidel Castro: Sonhos delirantes


Não me explicava a causa da euforia que expressam alguns dos participantes na reunião de Cúpula de Porto Espanha.    

Fiz um grande esforço e li a famosa Declaração de Compromisso, aprovada nessa “Cúpula das Américas”. Tinha escutado a conferência de imprensa, presidida pelo Primeiro-ministro de Trinidad e Tobago, Patrik Manning, e integrada pelo ilustre Stephen Harper, Primeiro-ministro do Canadá e os presidentes do México e do Panamá, Felipe Calderón e Martín Torrijos. Segundo eles foi a Reunião de Cúpula mais extraordinária que jamais acontecera.

Algum milagre deve ter acontecido, pensei. A pedra filosofal foi descoberta. Por que preocupar-se um segundo a mais? Ninguém pense que foi uma obra da casualidade. Por acaso é que não sabemos ler nem escrever? Foi a OEA quem nos salvou a todos. Isso consta em 14 das 97 epígrafes, das 67 páginas da declaração final.

domingo, 19 de abril de 2009

Fidel Castro: A cúpula secreta


Nem representados nem excomungados na Cúpula de Porto Espanha pudemos conhecer até hoje o que ali foi discutido. Fizeram-nos pensar a todos as esperanças de que a reunião não seria secreta, mas os donos do espectáculo nos privaram de tão interessante exercício intelectual. Conheceremos a essência, mas não o tom de voz, nem os olhos, nem os rostos que tanto refletem as idéias, a ética e o carácter das pessoas. 

Uma Cúpula Secreta é pior do que o cinema mudo. Durante uns breves minutos a televisão mostrou algumas imagens. À esquerda de Obama estava um senhor o qual não consegui identificar bem, quando punha a mão sobre as costas de Obama, como um colegial de oito anos a um companheiro da primeira fileira. Ao seu lado, em pé, outro do séquito o interrompia para dialogar com o Presidente dos Estados Unidos; vi naqueles que o importunavam a estampa de uma oligarquia que jamais conheceu a fome e na poderosa nação de Obama esperam ter o escudo que protegerá o sistema contra as temidas mudanças sociais.

Na cúpula prevalecia, até esse momento, uma estranha atmosfera.

sábado, 18 de abril de 2009

Debate: A Revolução Cubana – 50 anos

Revolução Cubana completa 50 anos | Foto: Raul Corrales 

Por Robson Ceron 

A Revolução Cubana e a Questão Nacional: 1868-1963 (São Paulo, Núcleo de Estudos d’O Capital) - 2007), livro de José Rodrigues Máo Júnior, será o centro do debate no próximo dia 29 de abril, quarta-feira, às 18h30, promovido pelo CEDEM – Centro de Documentação e Memória da UNESP.

Nesse livro, resultado de seu doutorado defendido na USP em 2005, o autor aborda a História recente de Cuba, dando relevo a personagens, discursos e tomadas de posição políticas e militares. Máo foca o nacionalismo cubano para compreender por que o mais formidável fenômeno revolucionário da História da América Latina tornou-se ao mesmo tempo paradigma e um evento que não pôde inspirar outras revoluções semelhantes.

É apresentado ao leitor um estudo profundo e apaixonado dos mais importantes acontecimentos históricos que marcaram a Ilha nos quase 100 anos anteriores à Revolução de 1959. São narrados fatos ignorados pelo grande público, tais como a Primeira e a Segunda Guerras de Independência, as constantes intervenções militares e políticas dos EUA; além disso, o autor relaciona os episódios mais marcantes de Cuba com a trajetória de vários de seus personagens históricos como o poeta José Marti, o militante político Antonio Guiteras e o ex-presidente Fidel Castro.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Cubanos da XVII Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba

Bandeira de Cuba | Foto: Flag

Por Robson Ceron
 
Entre os dias 10 e 13 de Junho, acontecerá em Santa Catarina, a Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba - edição 2009. 

Além de solidarizar com à Revolução Cubana e fortalecer a amizade entre os povos brasileiro e cubano, o encontro exigirá o fim do bloqueio estadunidense contra Cuba e a libertação dos 5 antiterroristas cubanos presos nos EUA. 

Veja a programação completa aqui

Participantes cubanos

Fidel Castro: Militares com critérios acertados


Não se sabe quantas pessoas nos Estados Unidos lhe escrevem a Obama e quantos temas diferentes lhe colocam. É evidente que não pode ler todas as cartas e abordar cada um dos assuntos, porque não lhe alcançariam às 24 horas do dia e os 365 dias do ano. Mas o que é certo é que os assessores, apoiados pelos computadores, equipamentos eletrônicos e celulares respondem todas as cartas. Seu conteúdo será registrado e existem de antemão as respostas apoiadas em múltiplas declarações do novo Presidente durante sua campanha pela candidatura e eleição.

De qualquer maneira, as cartas influem e têm um peso na política dos Estados Unidos, visto que não se trata, neste caso, de um político corrupto, mentiroso e ignorante como seu antecessor, que odiava os avanços sociais do New Deal.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

XVII Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba [programação completa]

A convenção brasileira de solidariedade a Cuba se iniciou nos anos 90 | Foto: The Brazil Business

Por Robson Ceron 

Entre os dias 10 e 13 de Junho, acontecerá em Santa Catarina, a Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba - edição 2009. 

Além de solidarizar com à Revolução Cubana e fortalecer a amizade entre os povos brasileiro e cubano, o encontro exigirá o fim do bloqueio estadunidense contra Cuba e a libertação dos 5 antiterroristas cubanos presos nos EUA. 

Veja a programação completa:

terça-feira, 14 de abril de 2009

Fidel Castro: Do bloqueio não disse uma palavra


O governo dos Estados Unidos através da CNN anunciou que Obama visitará o México nesta semana, iniciando sua viagem rumo a Porto Espanha, Trinidad e Tobago, onde dentro de quatro dias vai participar da Cimeira das Américas. Anunciou que serão aliviadas algumas odiosas restrições impostas por Bush aos cubanos residentes nos Estados Unidos para visitar seus familiares em Cuba. Quando se indagou se tais prerrogativas reconheciam outros cidadãos norte-americanos, a resposta foi que não estavam autorizados.

Do bloqueio, que é a mais cruel das medidas, não se disse uma palavra. Dessa maneira piedosa é chamado o que constitui uma medida genocida. O dano não é medido só por seus efeitos econômicos. Custa constantemente vidas humanas e ocasiona sofrimentos dolorosos a nossos cidadãos.

Nossos doentes não têm acesso a numerosos equipamentos de diagnóstico e medicamentos vitais embora provenham da Europa, do Japão, ou de outro país, se para sua elaboração foram usados alguns componentes ou programas dos Estados Unidos.

Em virtude da extraterritorialidade, as restrições relacionadas com Cuba devem ser aplicadas pelas empresas dos Estados Unidos que produzem bens ou oferecem serviços em qualquer parte do mundo.

Fidel Castro: Dias que não podem ser esquecidos


Há 48 anos, forças mercenárias ao serviço de uma potência estrangeira invadiram a sua própria pátria, escoltadas pela esquadra dos Estados Unidos, incluindo um porta-aviões e dezenas de aviões de ataque. 

Essa data não pode ser esquecida. A grande potência do norte pode aplicar a mesma receita a qualquer país latino-americano. Isso já aconteceu muitas vezes ao longo da história em nosso hemisfério. Existe alguma declaração onde se prometa que jamais será repetida tal ação de maneira direta ou  através dos próprios exércitos, como aconteceu na República Dominicana, Panamá, Guatemala, Chile, Argentina, Venezuela e outros países?  

No enganoso e  por  surpresa ataque de Girón perdemos mais de 150 vidas e centenas de feridos graves. Gostaríamos de escutar alguma autocrítica do poderoso país e a garantia de que jamais acontecerá no nosso hemisfério.   

Fidel Castro: Não há descanso para o mundo


Qualquer um pensaria que depois da Cúpula das Américas, apenas 13 dias a do G-20 e após a cansativa viagem do presidente Obama pela França, Alemanha, Praga e Turquia, o mundo teria direito a descansar uns dias.

Mas não é bem assim. O Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner se reunirá em Washington no dia 24 de abril com os Ministros das Finanças do G-7, os super ricos, que imediatamente será seguida de uma reunião ministerial do G-20 nesse mesmo dia.

As duas reuniões seriam realizadas antes das assembléias de primavera do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, reitoras das finanças do mundo.

Fidel Castro: A OEA tem direito a existir?


Hoje falei com franqueza sobre as crueldades cometidas contra os povos de América Latina. Os do Caribe nem sequer eram independentes quando triunfou a Revolução Cubana. Justamente no dia 19, em que se encerra a Cúpula das Américas, se completarão 48 anos da vitória de Cuba em Girón. 

Fui cauteloso com a OEA; não disse uma única palavra que pudesse ser interpretada como uma ofensa à ultrapassada instituição, embora todos saibam quanta repugnância ela nos produz.

Uma informação bastante hostil da agência britânica Reuters afirma "'Cuba deve expressar claramente seu compromisso com a democracia se quer voltar à OEA, como demanda um grupo crescente de governos latino-americanos’, disse Insulza em uma entrevista para o jornal brasileiro O Globo".

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Fidel Castro: A inevitável vitória de Evo Morales


De injusto, ilegal e imoral, qualificaram os legisladores da localidade portuguesa de Laranjeio o bloqueio estadunidense contra Cuba, que há quase 50 anos açoita o povo da ilha.

Evo entrava hoje em seu quarto dia de rigorosa greve de fome. Falou ontem à noite e falou hoje pelo meio-dia. Suas palavras foram serenas, persuasivas e contundentes. Ofereceu “um padrão eleitoral biométrico”, ainda melhor que aquele que tem regido os processos eleitorais de seu país, qualificado pelas instituições internacionais como confiável e de qualidade.

Joga xadrez em seus momentos livres.

Entrevistado pela televisão, quando um jornalista lhe perguntou como garantiria que o padrão estivesse pronto para as eleições de dezembro perante os artifícios da oligarquia, respondeu: “Confio no povo”.

sábado, 11 de abril de 2009

Fidel Castro: A revolução boliviana e a conduta de Cuba


Pensei várias vezes que no dia seguinte não teria que escrever e podia dedicar parte do tempo a ler e estudar, como fiz em muitas ocasiões. Mas os importantes fatos que aconteceram nas últimas semanas, relativos à economia e à política mundial e ocorrências como as que têm lugar na Bolívia impediram-mo.

Às 10h41, comuniquei-me com Dausá. Queria conhecer os pormenores da saúde de Evo e do resto dos dirigentes bolivianos que hoje estavam no terceiro dia da greve de fome. Amanheceu bem, embora um bocado mais debilitado pela falta de alimentos. Os que o acompanham também na greve, suportam a situação; eles se mantêm bem e estão em muito bom estado de ânimo. Solicitam livros. Disseram-lhe ao embaixador que desejavam livros sobre Martí, o Che e a Revolução. Hoje nosso embaixador estava cumprindo a solicitação e lhes enviou “Vida y obra de Martí”, “El socialismo y el hombre en Cuba” e outros materiais.

Como se conhece, a qualidade do padrão eleitoral foi reconhecida por diversas organizações internacionais, entre elas a OEA e a União Européia, nada simpatizantes da esquerda, que contaram com serviços especializados, e a partir de suas análises aprovaram o padrão eleitoral como um dos mais sérios do continente.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Fidel Castro: Notícias da Bolívia


Hoje, quinta-feira 9 de abril, de manhã, (a reflexão foi publicada no dia seguinte) recebiam-se notícias recentes sobre a Bolívia através de um canal de televisão boliviano que refletiam tensão no país.

Tudo decorre bem. Têm acontecido importantes mudanças. O prestigio de Evo cresce na Bolívia e no mundo. Cada vez mais recebe o apoio popular apesar da oligarquia contar com quase todos os recursos midiáticos. Uma campanha exemplar de alfabetização acabou com o analfabetismo em tempo recorde; atualmente toda a população tem acesso aos serviços médicos; importantes necessidades históricas do povo boliviano estão a ser atendidas com métodos originários e novos. A economia e as reservas em divisas crescem. Isto enlouquece a oligarquia que no Parlamento bloqueia as eleições convocadas para os finais do presente ano.

A manobra obrigou Evo, o partido dirigente e as massas a adotarem medidas de luta que se caracterizam pela força moral que implicam.

Fidel Castro: Notícias de Chávez e de Morales


Ontem, quinta-feira dia 9, a tensa situação da Bolívia ocupou nossa atenção.

Hoje, sexta-feira, se acrescenta um fato de grande interesse: a chegada a Cuba de Hugo Chávez, após sua bem sucedida viagem à China. Se na Bolívia a oligarquia choca com um líder sério e sólido como Evo Morales, na Venezuela os adversários da Revolução Bolivariana, que colocavam todas suas esperanças no golpe que a crise econômica internacional assestaria a esse país, compreenderão que a luta pelo socialismo de Chávez é capaz de ultrapassar qualquer obstáculo. Ele prometeu que as conquistas e os grandes abanicos sociais serão mantidos; a industrialização do país continuará seu ritmo e a Venezuela se tornará em exemplo de país industrializado, com justiça social que serviria de inspiração e exemplo para o Terceiro Mundo.

Sua viagem à China e ao Japão, no meio da crise que açoita todas as nações do mundo, é um verdadeiro exemplo de estratégia política. Antes tinha participado na Cúpula de sul-americanos e árabes, que juntos dispõem de enormes recursos naturais. Viu no Japão um dos países mais industrializados do mundo e de maior potencial econômico, um importante mercado para os produtos venezuelanos. Sobretudo,deduziu com clareza que a China será, com seu acelerado desenvolvimento, a maior potência econômica da terra, um bastião iniludível do comércio mundial e ponto de apoio para os países do Terceiro Mundo, que foram discriminados e explorados pelas potências capitalistas mais ricas.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Fidel Castro: As contradições na política exterior dos Estados Unidos


Depois da Cúpula do G-20 que ocupou a atenção do mundo, continuaram chegando informações através das agências de notícias sobre a febril atividade de quem foi a estrela em Londres, o novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que transita pelos primeiros 100 dias de sua administração, sob o olhar escrutador dos que acompanham de perto a política internacional.

Com a pontualidade de um relógio digital, vai de um ponto a outro realizando encontros com líderes políticos, comemorando aniversários, recebendo honras, visitando cidades, fazendo conferências de imprensa, anunciando planos, lançando mensagens e pronunciando discursos.

Apenas concluída a supersônica Cúpula do G-20, partiu para Estrasburgo, França, fronteiriça com Alemanha. Ali se reuniu no dia 3 com um Sarkozy feliz de não ter tido que abandonar a mesa do G-20 em Londres. Abordam numerosos problemas que dizem respeito ao Irã, o Afeganistão, a Rússia, o Oriente Próximo e prometem trabalhar “mão a mão” para construir um mundo novo. “Tenho a certeza de que os Estados Unidos, a Rússia e a Europa estão interessados em evitar que o Irã possua armas atômicas. Em muitos dos casos temos interesses comuns com a Rússia, mas também diferenças de opinião em temas chaves”, expressa.

Heróis cubanos recebem medalha brasileira Chico Mendes

Convite para o evento; cinco cubanos entre os homenageados | Blog Rafael Fortes 


A Medalha da Resistência “Chico Mendes” 2009 foi concedida aos cinco lutadores antiterroristas cubanos que permanecem presos injustamente nos Estados Unidos desde 1998. Segundo a agência de notícias Prensa Latina, a medalha foi outorgada pela organização brasileira Tortura: Nunca Mais e foi recebida por Vladimir Martínez, cônsul cubano em São Paulo.

Depois de receber a distinção em nome de Gerardo Hernández, René González, Antonio Guerrero, Ramón Labañino e Fernando González - conhecidos internacionalmente como os Cinco Cubanos - o diplomata agradeceu ao povo brasileiro sua solidariedade e seus esforços para difundir a verdade sobre o caso destes homens, detidos há mais de dez anos pela infiltração de grupos extremistas no sul da Flórida que planejava e realizava ações terroristas contra Cuba.

Martínez acrescentou que esta medalha também reconhece o povo cubano por sua defesa dos princípios de uma sociedade socialista e de seu direito à soberania e à autodeterminação.

Frente parlamentar de solidariedade a Cuba será lançada em São Paulo

Frente de Solidariedade a Cuba | Arte: Raul Marcelo

Do Correio da Cidadania 

No próximo dia 29 de abril (quarta-feira), às 19 horas, será lançada a Frente Parlamentar de Solidariedade a Cuba na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. O ato político acontecerá no auditório Franco Montoro (Avenida Pedro Álvares Cabral, 201 – São Paulo). A iniciativa acontece em meio às celebrações do cinquentenário da Revolução Cubana.

A criação da Frente foi proposta pelo Deputado Estadual Raul Marcelo, do PSOL e foi subscrita por 19 parlamentares. O objetivo da frente é promover ações de solidariedade com a luta de Cuba pelo fim do bloqueio econômico e comercial imposto ao país desde 1962, estabelecendo uma verdadeira guerra econômica contra a opção pelo socialismo feita pelos cubanos.

A Frente também pretende somar-se à campanha internacional pela soltura dos cinco cubanos anti-terroristas que estão presos injustamente nos Estado Unidos, a mais de 10 anos, cerceados de direitos básicos como visitas de familiares. Além disso, a iniciativa busca estreitar as relações entre os povos dos dois países, através de ações de cooperação e de intercâmbio político, cultural, econômico, comercial e científico a partir dos parlamentos Paulista e Cubano.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Fidel Castro: Encontro com Barbara Lee e outros membros do Caucus Negro


A manhã estava tempestuosa, úmida, fria. Sopravam fortes ventos e o céu estava escuro. Não era um dia primaveral, também não cálido.

Bárbara estava com vontade de visitar a Escola Latino-americana de Medicina (ELAM), onde 114 jovens norte-americanos estão a estudar Medicina.

O avião oficial que os trouxe para Cuba tinha adiantado a viagem 24 horas; decolaria às 13 horas da terça-feira, em vez de na quarta-feira.

Não tentei reuni-los todos visto que não tenho espaço suficiente para os sete, além da tradutora e do Ministro que os acompanhava. Pedi-lhe que me visitasse com mais dois legisladores escolhidos pelo grupo. Foi assim que pude me encontrar novamente com ela.

Nesta ocasião as circunstâncias mudaram muito. O Caucus Negro legislativo representa um setor de grande peso nos Estados Unidos.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A luta pela volta dos cubanos presos nos EUA é diária, diz filha de Che Guevara

Aleida Guevara, filha de Che Guevara | Foto: Pordenome


A luta pelo retorno dos cinco cubanos presos nos EUA é diária e constante, de todos os cubanos, disse hoje Dra. Aleida Guevara March, filha do guerrilheiro Ernesto Che Guevara.

Guevara March inaugurou, nesta vila a 350km a leste de Havana, uma “Jornada de Solidariedade com os Cinco Heróis e de luta contra o terrorismo”, que decorrerá até ao próximo 19 de Abril

Nós cubanos querem ter em casa os nossos irmãos, os antiterroristas Fernando González, René González, Gerardo Hernández, Antonio Guerrero e Ramón Labañino, injustamente presos em cárceres norteamericanos, acrescentou.

Esta batalha, disse à Prensa Latina, tem que ser permanente em todos os momentos das nossas vidas.

Os comprometidos com a causa da revolução, temos de agir em conformidade com isto, disse a Dra. Guevara.

Fidel Castro: Os 7 congressistas dos EUA que nos visitam


Uma importante delegação política dos Estados Unidos está entre nós. Trata-se do Cáucus Negro Congressional (CBC) que, na prática, tem funcionado como parte da ala mais progressista do Partido Democrata.

Foi fundado em janeiro de 1969 pelos doze congressistas afro-norte-americanos que integravam o Congresso dos Estados Unidos naquela altura. Nos primeiros 50 anos do século XX apenas quatro afro-norte-americanos foram eleitos ao Congresso. Atualmente, como conseqüência de suas lutas, o CBC tem 42 membros. Vários de seus representantes têm mantido posições construtivas muito ativas em temas associados a Cuba.

A primeira delegação do Cáucus que nos visitou estava presidida por Maxine Waters em fevereiro de 1999; a segunda, em janeiro de 2000.

domingo, 5 de abril de 2009

Fidel Castro: Com os pés na terra


Enquanto no dia 2 de abril iniciava e concluía em Londres a Cúpula do G-20, a conhecida jornalista do Washington Post, Karen DeYoung, escreveu nesse influente órgão de imprensa: “O Senador Richard G. Lugar fez um apelo ao Presidente Obama para que nomeasse um enviado especial para iniciar conversações diretas com o governo comunista da ilha".

“Os quase 50 anos de embargo econômico contra Cuba ─ diz Lugar (Republicano por Indiana) ─ colocam os Estados Unidos em contradição com a opinião do resto da América Latina, da União Européia e das Nações Unidas” e “solapam nossa mais ampla segurança e interesses políticos no Hemisfério Ocidental”.

“A Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago, de 17 a 19 de abril, seria uma oportunidade para que você construa um clima mais hospitaleiro para adiantar os interesses dos Estados Unidos na região através de uma mudança em nossa atitude relativamente a Cuba".

sábado, 4 de abril de 2009

Fidel Castro: Por que excluem Cuba?


Ao meio-dia de ontem, sexta, 03 de Abril, tive um encontro de quase duas horas com com Daniel Ortega e sua esposa Rosario Murillo.

Como lhe expliquei em uma carta enviada ao Daniel, à tarde, fiquei impressionado com o encontro. Agradeci-lhe a oportunidade que tive de saber detalhes de sua luta na Nicarágua.

Eu lhe expressei tristeza pelos quadros que falharam e lembrei de Tomás Borge, Bayardo, Jaime Wheelock, Miguel D'Escoto e outros que se mantiveram fieis aos sonhos de Sandino e as idéias revolucionárias que a Frente Sandinista levou à Nicarágua.

Eu lhe roguei que me envie notícias com maior frequência possível para conhecer as vicissitudes de um pequeno país do Terceiro Mundo frente as ambições insaciáveis ambições do G-7.

A Rosário lhe enviei uma cópia do livro "Geologia de Cuba para todos” que recebi três dias atrás, uma excelente biografia sobre a natureza da nossa ilha, através de centenas de milhões de anos, ilustrados com belas imagens e fotografias, escritos por 12 cientistas cubanos, que, juntamente com as suas histórias e análise é uma joia literária. Havia lhe mostrado e ela revelou grande interesse.

Com Daniel conversei longamente sobre a "famosa" Cúpula das Américas, a ser realizada em 17, 18 e 19, em Puerto Espanã, a capital de Trinidad e Tobago.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Fidel Castro: A canção de Obama


O Presidente dos Estados Unidos ao concluir a Cúpula do G-20, em uma conferência às 14h30, hora de Cuba, declarou que em seu país o desemprego atingiu seu nível máximo em 26 anos.

Perante crises como esta, acontecidas no passado, o mundo não agiu com a rapidez necessária, disse.  Hoje temos aprendido as lições da história. Alguns na imprensa duvidaram de nossa capacidade para nos pôr de acordo, confundiram o debate honesto com diferenças irreconciliáveis, mas temos demonstrado que é possível chegar a consensos.

Temos acordado medidas dirigidas a solucionar a situação e para assegurar-nos de que não cheguemos a este ponto no futuro. Temos um compromisso para favorecer a criação de empregos. Os EUA limparão suas instituições financeiras dos ativos lixo para voltar ativar o crédito a pequenas e médias empresas (Pymes). O G-20 acometerá programas similares.

 Levaremos adiante uma iniciativa para apoiar as economias de países em vias de desenvolvimento com a facilitação de créditos. Ao mesmo tempo, rejeitamos o protecionismo que poderia contribuir a aprofundar os problemas.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Fidel Castro: O início da reunião do G-20


Hoje começou a Reunião Cimeira do G-20. Os especialistas em temas econômicos têm realizado um esforço enorme. Alguns com experiência em importantes cargos internacionais; outros, como estudiosos investigadores. O assunto é complexo, a linguagem é nova e exige a familiarização com os termos, os dados econômicos, os organismos internacionais e os líderes políticos mais influentes a nível internacional. Por isso temos o afã de simplificar e explicar de um modo que se compreenda bem o que está a acontecer em Londres, segundo a minha visão.

Ninguém deve achar estranho que Obama seja a estrela da reunião de Londres. Representa o país mais poderoso e rico do mundo. Favorecem-no circunstâncias especiais. Ali não está Bush, mentiroso, cínico, guerreirista e odioso. Também não Mc Cain, medíocre e ignorante, graças especialmente à surpreendente vitória de Obama, negro no país da discriminação racial, onde uma maioria de eleitores brancos votou a favor de McCain, embora não fosse o suficiente para compensar os votos de mais de 90% dos negros e mestiços norte-americanos, dos cidadãos de origem latina, dos pobres e dos afetados pela crise. Eleito recentemente, enquanto outros líderes do G-20 estão perto de concluírem o seu mandato, Obama será o provável presidente dos Estados Unidos durante oito anos. Nada há de extraordinário que as notícias de Londres girem em volta dele.

O que importa ao mundo é o resultado dessa reunião, se houver algum. Cada um dos participantes tem seus próprios objetivos nacionais, inclusive pessoais, como líderes políticos que serão julgados pela história.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Fidel Castro: Aquilo que Notimex não disse

 
Na terça-feira 31 de março, bem cedo li um telex de Notimex, com data dia 30, que dizia textualmente:

“O presidente do Peru, Alan Garcia, qualificou hoje de ‘prudente’ a retirada do país do projeto humanitário ‘Missão Milagre’ patrocinado pelos governos da Venezuela e de Cuba para o atendimento de pacientes oftalmológicos.

“Ao salientar a eficiência com que opera a pública Essaúde na operação de cataratas, o mandatário peruano disse aos jornalistas que ‘já não fazia sentido que funcionasse a Missão’ conformada por médicos estrangeiros.

“O chefe de Estado informou que mediante a ‘Missão Milagre’ foram operadas 1.500 pessoas em dois anos, ao passo que Essaúde atendeu 25 mil pacientes em um ano no Peru.”

Mais adiante o telex continua colocando na boca de Garcia outros argumentos parecidos.

Fidel Castro: Outro grande problema do mundo atual


A crise financeira não é o único problema, há outro pior porque tem a ver não com o modo de produção e distribuição, mas com a própria existência. Refiro-me à mudança climática. Ambos estão presentes e serão discutidos simultaneamente.

No próximo domingo 5 de abril serão continuadas em Bonn as conversações da ONU sobre a mudança climática. Aproximadamente 190 países tentam conseguir um acordo sobre a redução dos gases de efeito estufa mais além do ano 2012, quando expira o Protocolo de Kioto.

Os EUA nunca ratificaram esse Protocolo.

O novo Presidente, que herdou o problema de Bush, anunciou no sábado a criação de um foro “sobre a energia e o clima”, que reunirá em Washington, nos dias 27 e 28 de abril, 17 importantes economias mundiais, entre elas, o Brasil, o México, a China e a União Européia.